quinta-feira, 25 de março de 2010

Comentário do filme Ôrí - filme de Raquel Gerber e Beatriz Nascimento

O filme Ôrí discute a cultura negra no nosso país, retratando movimentos negros que se passam entre o Brasil e a África, ou seja, a cultura afro-brasileira.
No longa-metragem a palavra Ôrí tem o significado de "iniciação de uma nova vida", um novo encontro. É uma palavra mística e religiosa.
A cultura africana faz uma espécie de transmigração com a cultura americana, transportando um modo/tipo de vida da África para a América.
Os negros nunca foram reconhecidos no Brasil. Eles sempre foram vistos com um objeto que podia exercer uma mão-de-obra barata - motorista, pobre, carnavalesco. Talvez por causa da história de escravidão, alguns negros tenham vergonha de assumir a identidade, negando assim, sua origem.
A luta dos negros para obterem autonomia, começou com a formação de um núcleo de quilombos- grupo negro, que teve um líder que morreu para libertação negra. Diante deste fato, estabeleceu-se a cultura africana.
O carnaval foi um meio encontrado, para que o povo negro conhecesse a própria história.
O Brasil se desenvolveu por si só, pelo fato de ser uma colônia abandonada, pois Portugal estava sendo colonizado pela Espanha.
Como mostra o filme, é através das danças (capoeira) e das músicas (reggae) que o negro se esquece da história sofredora e árdua que teve. Afinal a fuga sempre fez parte da cultura negra.

Francisca Jocineide Costa e Silva e Rebeca Ferraz de Souza

2 comentários:

  1. Exílio, fuga... e ôri, iniciação de uma nova vida... recriação através das artes.
    A música, o carnaval são importantes expressões culturais das nossas raízes africanas.

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  2. Existem várias heranças deixadas pela cultura africana. A música, as danças, o carnaval, algumas maneiras de se comportar... Podemos também observar a fuga como uma herança, quando estudamos a história, vemos o que eles sofreram comrelação a escravidão, isso pode ser, de alguma forma, interligado conosco, pois sempre estamos fugindo de situações que nos desconforta.

    Rebeca Ferraz

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